Bill Plympton, animador norte-americano.
(Fotografia de Luigi Novi)
Bill Plympton recomenda a todos aqueles que pretendam viver da animação que produzam os seus filmes de acordo com 3 regras simples. Na sua opinião, os filmes devem ser...
Anything longer than 5 minutes is difficult to sell.
Keep a limit of $1,000 per minute. This way it's easy to make your money back.
Funnier films are much more fun and easier to sell than serious ones.
Os elementos da história (i.e. personagens, enredo, cenários, ritmo, etc.) são mais importante do que os elementos da produção (i.e. modelação, animação, efeitos sonoros, composição, etc.). Por outras palavras, é a produção que deve servir a história. O ideal são as animações que conseguem aliar a qualidade da história à qualidade da produção. No entanto, não faltam exemplos de animações de qualidade, curtas memoráveis, com uma produção bastante simples ou rudimentar. As animações com excelência na produção e uma história de baixa qualidade podem ter sucesso comercial mas não são animações com qualidade.
Não tenha “mais olhos que barriga” e planeie com avanço. Complexidade não é sinónimo de qualidade mas significa mais trabalho e dificuldade. Seja realista e avalie os meios que tem à sua disposição: criatividade, simplicidade e conomia são palavras-chave. Questione as suas opções artísticas, procure simplificar, tornar mais fácil. Planeie o projecto nas suas diferentes etapas, procure antever os problemas e dificuldades.
Seja original. Procure criar algo que seja diferente do que já foi feito. É claro que isto significa conhecer o que é criado pelos outros animadores, muita pesquisa. Por outro lado, é uma boa desculpa para passar muitas horas a ver animações. O cenário actual da animação é muito vasto e diversificado: a disseminação dos computadores e a Internet democratizaram os meios de produção e divulgação, existem cada vez mais festivais, portais, etc. Isto não significa que haja hoje mais animação com qualidade mas significa que há mais oportunidades e, simultaneamente, concorrência. A originalidade da sua animação é um elemento-chave para a sua animação não ficar perdida no meio desta paisagem global e massificada.
Apaixone-se pelo seu filme ou ninguém vais gostar da sua obra. Animar é uma tarefa árdua e exigente. No início é sempre excitante e motivador mas levar o projecto até ao fim implica sempre muito esforço e sacrifício. Criar uma curta de animação implica um nível de envolvimento que só pode existir com arrebatamento e dedicação incondicional. Ou seja, é uma obra de paixão. A sua satisfação pessoal, a sua dedicação à sua obra, é o primeiro passo para conseguir a satisfação do seu público.
Grave muitas vezes e faça backups. Quem já trabalhou com computadores durante algum tempo conhece bem a utilidade deste conselho e a dificuldade em criar a disciplina de trabalho suficiente para implementá-lo. Imagine a frustação de perder um precioso trabalho desenvolvido com muito esforço por causa de um qualquer problema do sistema informático ou eléctrico…
Não há regras que garantam sucesso ou qualidade. Animar não é uma ciência exacta e não existem fórmulas infalíveis. O seu instinto e dedicação são aspectos centrais para conseguir levar o seu projecto ou visão a bom termo. Claro está que isto não significa que deve esquecer as sugestões ou recomendações de outros (como estas!).
A revista 3D World (#106, Agosto de 2008) publicou 25 dicas para “help you catch some viewers in a crowded sea of content”. Utilizámos essa lista como um organizador e adicionámos alguns comentários e mais ideias.
The good moral work of art should have all the qualities that a good amoral work of art should have, such as formal unity, balance, contrast, and a sensitivity to the material out of which it is made.
Animation is not the art of drawings that move but the art of movements that are drawn.
In any art movement, the art has to move into a new phase - a filmmaker has a desire to make a film that is not like a previous film.
I think 2-D animation disappeared from Disney because they made so many uninteresting films. They became very conservative in the way they created them. It's too bad. I thought 2-D and 3-D could coexist happily.
Do everything by hand, even when using the computer.
I've told the people on my CGI staff not to be accurate, not to be true. We're making a mystery here, so make it mysterious.
There is a contingent of the digital-effects community to whom that is the holy grail - to create photographically real humans. To me that is the dumbest goal that you could possibly have. What`s wonderful about the medium of animation isn`t recreating reality. It`s distilling it.
I reject that whole point of view - that animation is a children`s medium.
Animation is about creating the illusion of life. And you can't create it if you don't have one.
Sure, they were simple desk lamps with only a minimal amount of movement, but you could immediately tell that Luxo Jr. was a baby, and that the big one was his mother. In that short little film, computer animation went from a novelty to a serious tool for filmmaking.
Animation is the only thing I ever wanted to do in my whole life. I have no desire for live-action or anything else.
You cannot base a whole movie on just the imagery alone. It has to be the story and the characters.
Animation is closer to jazz than some kind of classical stage structure.
What's most important in animation is the emotions and the ideas being portrayed. I'm a great believer of energy and emotion.
I prefer that animation reach into places where live action doesn't go, and it seems like all of animation nowadays is trying to go where live action is.
When business executives are making the artistic decisions and don't understand animation, things can go awry.
Animation should be an art. That is how I conceived it. But as I see what you fellows have done with it, is making it into a trade. Not an art but a trade. Bad Luck!